Por Gabriele Hernandez
O Secretariado do Tratado da Antártica recebeu, em fevereiro deste ano, um documento detalhando os planos chineses para a construção de uma nova estação antártica. A proposta foi enviada um ano após o país inaugurar sua quinta estação de pesquisa no continente austral, e dá continuidade ao projeto de ampliação chinesa nos polos. Para a comunidade antártica internacional, a grande surpresa foi a rapidez no anúncio de duas construções tão próximas temporalmente, algo raro na geopolítica antártica atual.
Após a queda da última dinastia imperial chinesa em 1911, as primeiras publicações nacionais sobre Antártica começaram a aparecer timidamente nas editoras, mas foi somente com o fim da Primeira Guerra Mundial e a revolução do Partido Comunista Chinês de 1949 que o tema entrou na agenda governamental. A inserção chinesa nas negociações internacionais ocorreria apenas a partir de 1971, quando a ONU reconheceu a República Popular Chinesa como a única representante da China e o governo anterior teve seu poder reduzido ao território taiwanês.

Seis anos depois, com a morte do Presidente Mao Tse-Tung e o fim da Revolução Cultural, foi permitido que o país iniciasse seus projetos no Ártico e na Antártica. Na década de 1980, a China tornou-se signatária do Tratado da Antártica e construiu as estações Grande Muralha (1985) e Zhongshan (1989).
A próxima fase de desenvolvimento antártico chinês tem início nos anos 2000, quando o desenvolvimento de sua marinha é tomado como prioridade nos documentos de Defesa e a ideia de economia do mar a a figurar nos
planos quinquenais. Com o aumento dos investimentos e a diplomacia antártica sendo usada positivamente para
marcar boas relações com países opositores, a China constrói outras três estações: Kunlun (2009), Taishan (2014) e Qinling (2024).

Com isso, a China posiciona-se apenas atrás de Chile e Argentina em número de instalações antárticas, empatando com a Rússia, um crescimento notável que evidencia a prioridade do continente na política externa chinesa. Nesse contexto, em 2017, o país publicou o documento intitulado “Atividades Chinesas na Antártica”, onde descreve os compromissos, ações e políticas de cooperação no continente.
Apesar de o discurso oficial enfatizar a cooperação e o respeito ao Tratado da Antártica, reforçado pela defesa da lógica win-win, os avanços acelerados da China têm gerado desconfiança na comunidade internacional. A diplomacia antártica chinesa busca cooperação, mas seu maior desafio é contornar a crescente percepção de que
o país estaria instrumentalizando a ciência e a presença física na região para fins estratégicos, distanciando-se dos objetivos cooperativos e alimentando temores sobre uma atuação mais assertiva, ou até agressiva, no continente.
Considero impressionante o poder de investimento, construção e ocupação estratégica da China, não tem limites (Sabemos que tem alguns custos que no Ocidente são considerados “inaceitáveis”), mas são impactantes…. o que a China quer ela está indo buscar e fincar bandeira, explorar, ocupar e fazer a máquina chinesa rodar…. milhares e bilhões de dólares em investimento…. produção e troca estratégica – comercial países até a tampa de dividas e problemas e a China chega com um super pacote de benefícios: financeiros, cientifico, militar, desenvolvimento, alimentos…. entre outros.
A china ocupa um lugar que já foi de um certo país e hoje aplica o novo “neo – neoimperialismo no modelo – Made in China”
Um vez questionei sobre o Brasil sobre as Forças Armadas adquirir equipamentos chineses (fazer um teste e avaliar) não sei se as questões de garantia, preço e qualidade mas tem pequenos exemplos da capacidade Nossa estação na Antártica, navio científico… mas poderíamos fazer teste, é só dizer que tem interesse que deixa na porta e abastecido, sem contar na recente questão Paquistão X Índia que show de tecnologia e “doutrina de combate” que abriu muitos olhos no mundo.
Gostaria de ver uma possível aquisição de fragatas (entrega no prazo ou antes), corvetas (não corvetas com nome de fragatas)… agora caças! Que sabe no dia que mudar a famosa “Doutrina Militar Brasileira” e outra peça não menos importante chamado Governo Brasileiro.